No momento em que escolhi este título, a mensagem que gostaria de passar era que o ciclo do Luxemburgo no Palmeiras está terminado.
Num segundo momento, lembrei-me de um livro do Francis Fukuyama, "O Fim da História". Para quem não conhece o livro, copiei um trecho da Wikipédia que sintetiza bem o autor e a obra.
"Fukuyama desenvolveu uma linha de abordagem da História, desde Platão até Nietzsche, passando por Kant e pelo próprio Hegel, a fim de revigorar a teoria de que o capitalismo e a democracia burguesa constituem o coroamento da história da humanidade. Na sua ótica, após a destruição do fascismo e do socialismo, a humanidade, à época, teria atingido o ponto culminante de sua evolução com o triunfo da democracia liberal ocidental sobre todos os demais sistemas e ideologias concorrentes. Em oposição à proposta capitalista liberal, restavam apenas os vestígios de nacionalismos (sem possibilidade de significarem um projeto para a humanidade) e o fundamentalismo islâmico (restrito ao Oriente e a países periféricos). Desse modo, diante da derrocada do socialismo, o autor concluiu que a democracia liberal ocidental firmou-se como a solução final do governo humano, significando, nesse sentido, o "fim da história" da humanidade."
Quando li este livro, achei muito divertido o capítulo 9, que era "A vitória do vídeo cassete". Tosco, para dizer o mínimo. Se Fukuyama reler seu livro hoje, iria perceber que escreveu uma grande bobagem. O capitalismo que saiu-se vencedor sobre o socialismo não é o campeão, mas um enorme câncer, um poço de contradições.
Este post não quer abordar um tema histórico-sociológio, mas mostrar que o que é uma verdade hoje, amanhã tornar-se-á uma grande piada.
Luxemburgo assim como Telê Santana foi o maior técnico dos anos 90, mas totalmente fora de foco nesta década. Ele agregou junto com sua atividade de treinador, outros trabalhos, como seu instituto e funções de ordem adminstrativa que se não desviam suas atenções, não o concentram 100% para o que foi sua especialidade.
Nada me tira da cabeça que ele entra com o time "errado" em campo, para em seguida fazer algumas substituições mudando o jogo e assim continuar segurando o título de Sr. Estrategista. Este título massageia o seu ego, mas acaba sendo uma doença que o persegue e acarreta em perdas para o clube.
Pra piorar ele não percebe que está copiando um modelo que está fracassado inclusive nos bambis, fazendo o time jogar com 3 zagueiros e com dois centroavantes, fazendo um número absurdo de bolas levantadas no ataque.
Este nunca foi o futebol de seus times, que sempre foi de posse de bola esperando o momento exato de dar o bote. O futebol envolvente apresentado no início do ano pelo visto, foi no máximo um belo momento para relembrar os antigos tempos em que era de fato o melhor treinador.
Infelizmente ele já cavou sua sepultura, pois depreciou o maior bem do clube que é a torcida e desmereceu um elenco que ele mesmo ajudou à construir.
Indicaria "O Fim da História" ao Luxemburgo não para que ele aprenda um pouco de sociologia, mas percebesse o quanto a história e os conceitos mudam com o passar dos anos.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
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2 comentários:
Muito bom Marcelo. Belo post. Talvez o que realmente falte para entender toda essa situação que o Palmeiras vive, no momento, seja um bom tanto de filosofia, campo que, particularmente, me atrai muito.
Confesso que não fui capaz até agora de ver por essa ótica. Parabéns!
Tenho novidades. Da uma olhada la:
http://piazera.wordpress.com/2009/06/01/prejuizo-e-outras/
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