quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A História de um Guerreiro de 12 anos - Fazendo Quimioterapia

Depois de algum tempo resolvendo problemas familiares, voltarei a publicar a história do pequeno Vitor, A História de um Guerreiro de 12 anos. Na postagem de hoje, Vitor vai descrever como foi a primeira etapa de sua quimioterapia. Em seguida, mais lembranças no depoimento de sua mãe Viviani.


"Eu, Fazendo Quimioterapia


No dia 03/07/07, ainda em Sorocaba, comecei a fazer quimioterapia via oral, com remédio chamado Temodal, no início eu tomava dois comprimidos num dia e um no outro. Esse remédio me dava sono, náusea, vômito e tirava minha fome. Tomava esse remédio por cinco dias no mês, junto com outros remédios para não ter muitos efeitos colaterais. O Temodal era um remédio muito forte, ele podia cair os meus cabelos, mais não caiu.


Vitor com sua tia Lúcia e o cachorro Zeca,
irmão do Beethoven
Continuei com o tratamento em Cerqueira César, só que daí eu já tomava dois comprimidos por cinco dias seguidos, todas as noites, antes de eu dormir. Comecei a fazer fisioterapia com as fisioterapeutas Junia e Fernanda, elas são legais. Também continuei indo em Botucatu nas consultas mensais com a doutora Lied, isso sem contar que fazia um exame de sangue, sempre antes de começar a quimioterapia. Minha tia Léia que é farmacêutica é quem vinha colher meu sangue. Voltei a andar, não como sempre, mais andando dentro do possível. Voltei a fazer várias coisas normais que eu fazia antes, brincar até de bola com meu amigo Vinícius e Wesley. Eu ia até a casa de minha avó brincar e também nas casas dos meus amigos e primos.


Voltei a pescar e sempre estava usando um colete que foi colocado em mim após a cirurgia, ainda quando estava na UTI. Esse colete eu só tirava para dormir. Fazia ressonância magnética de três em três meses na cidade de Bauru, e outras em Botucatu para ver se o tumor tinha sumido. Eu também passava pelos médicos da neurocirurgia para eles me avaliarem. Tomei o Temodal por sete meses, então comecei a sentir novamente as pernas bambas, minha mamãe ligou para a doutora Lied, falando de minha situação e, então, a doutora Lied pediu para fazer uma nova ressonância magnética, para ver o que estava acontecendo.


Fomos para Bauru no dia 04/12/07 e fizemos a ressonância magnética, então constatou que o tumor tinha voltado. Parei de andar e comecei a usar fraldas descartáveis, pois não controlava mais o xixi e o coco. Levamos o resultado para a doutora Lied ver, então ela suspendeu o Temodal e disse que buscaria um outro recurso para mim, para combater o tumor que havia voltado. Então ela decidiu fazer a quimioterapia na minha veia. Eu iria fazer dez sessões seguidas de quimioterapia no mês, só descansava no sábado e domingo e, ainda, voltava mais um dia do mesmo mês para fazer mais uma sessão.  Para fazer esta quimioterapia, a doutora Lied disse que eu precisava por um aparelhinho chamado portokate para receber a quimioterapia com maior segurança.


Fiquei internado em Botucatu para fazer a cirurgia, e um médico meio japonês colocou o portokate em mim, do lado direito do meu peito, para não machucar minhas veias e, não ter perigo de estourá-las quando eu estiver fazendo a quimioterapia, pois se estourasse uma veia, podia ferir e queimar meu braço, pois o remédio era muito forte. Na mesma semana comecei receber a quimioterapia na minha veia e só na semana seguinte é que poderia receber a quimioterapia através do portokate, neste período também fiz três ressonâncias magnéticas.


Desta vez o medicamento era mais forte que o Temodal e também judiou mais de mim. Eu sentia náuseas, diarréias, vômitos, ficava sem fome e fraco; comecei a tomar soro também.                 


Num final de semana, do mês de janeiro, meus pais me levaram para passear de barco na cidade de Barra Bonita, foi legal, andamos e almoçamos no barco, fomos até próximo da Eclusa e tiramos fotos, depois fomos ver as barraquinhas que ficam ali próximo aonde se pesca, e numa delas eu me interessei por um peixe grande, feito de argila que estava num quadro de madeira, acabei comprando ele por R$ 40,00, era um peixe de nome Cachara, o vendedor fez um desconto para mim, pois paguei em dinheiro com minha mesada.


Depois fomos pescar no rio Tiete ao lado dos barcos, pescamos vários peixes, mas começou a chover e tivemos que parar pois a chuva estava muito forte, então resolvemos dormir em Barra Bonita e ficamos numa pousada legal, isto sem dizer que eu estava de cadeiras de rodas, no outro dia, logo de manhã, fomos pescar no mesmo lugar, mas logo começou a chover de novo e tivemos que parar e, então, fomos almoçar em uma lanchonete que fica próximo onde estávamos pescando; em seguida fomos dar uma volta nas barraquinhas novamente.


Minha mãe e minha irmã Vivian compraram algumas lembrancinhas para elas e, quando estávamos no carro para voltar para nossa casa, apareceu o pai do vendedor do peixe e disse que o peixe que eu comprei era premiado, e iria fazer um quadro com outro peixe para mim, ele pegou nosso endereço, telefone e disse que viria em nossa casa passear e trazer meu prêmio. Levamos todos os peixes que pescamos para nossa casa, e meu pai ficou limpando eles até meia noite. No outro dia eu tinha que acordar cedo para ir fazer quimioterapia em Botucatu, foi uma aventura.


Quando nos íamos para Botucatu fazer quimioterapia, alguns dias ficávamos na casa da Vera e do Vanderlei “Luxemburgo” para eu não cansar muito das viagens e para meu pai também economizar nas viagens. Vera, Vanderlei e seu filho Tiago, são legais para mim.


Eu ganhei uma cadeira de rodas motorizada; essa cadeira meu pai ganhou de uma empresa de farmácia de nome Apsen que fica em São Paulo, através da Internet. Gostei da cadeira, pois ela me leva para onde eu quero.


Fiz a sessão de quimioterapia pelo portokate no mês de fevereiro, porém, peguei uma infecção da “brava”, tive febre alta e tremia muito, por isso fui internado e acabei indo parar na UTI, novamente, para que fosse feito uma nova cirurgia para retirar o portokate, pois os médicos descobriram que minha infecção era no portokate. Fiz amizade com as enfermeiras e com as médicas da enfermaria, elas são legais, tinha até uma médica que era da Argentina, ela falava meio enrolada, mais dava para entender. Fiquei internado por dezoito dias lá na enfermaria, no isolamento, tomando antibiótico por causa da infecção que peguei; meu pai ficou comigo no hospital nesses dias e, durante este tempo, nós brincamos de truco, xadrez, rouba-monte, cara a cara, pega vareta, dominó etc..., num parquinho que ficava do lado de fora da enfermaria.


Também assistimos televisão, jogamos vídeo game juntos; ele me levava na escolinha e na informática que tinha lá; também me dava banho e me trocava. Recebemos muitas visitas de tios, avós, primos e primas. Assistimos na televisão o jogo do Palmeiras contra o São Paulo, foi vitória do palmeiras 4 X 1, foi demais, até ganhei uma Pepsi  que apostei com o Vanderlei que, até agora não me pagou, mas ele disse que vai pagar. Lá participamos de um aniversário de uma menina que também estava internada e, também, participamos de uma festinha de Páscoa; ganhei um ovo de Páscoa e um refrigerante neste dia.


O homem da loja de Barra Bonita veio em casa, com sua esposa e amigos e trouxe meu presente, um peixe de argila num quadro de madeira, era um Dourado e, também trouxe um pescador de argila, eles eram legais, disseram que quando fossemos para Barra Bonita passear era para avisar eles, para irmos conhecer suas casas.


Meus pais conseguiram um médico da Argentina para me ver, ele veio até a minha casa e se chama Elias Mateus, ele é médico de homeopatia e, após a consulta ele deixou vários remédios homeopáticos para eu tomar e outro para eu fazer inalação. Ele tomou café da tarde em nossa casa, tiramos fotos junto com ele, e eu até mostrei a ele meus hamster. Esse tratamento é para ajudar nos efeitos ruins da quimioterapia, ele virá uma vez por mês para me ver e trazer mais remédios.


Meu tratamento estava indo bem até que surgiu uma dor muito forte em minhas costas, próximo do tumor. Meus pais ficaram preocupados com minha dor e telefonaram para a doutora Lied, que pediu para fazer uma ressonância urgente. Fomos para Bauru e fiz uma ressonância das costas. Depois meus pais me levaram para Botucatu junto com o resultado da ressonância, e a Doutora Lied receitou uns remédios para minha dor. Passei a tomar mais remédios, sendo que um é de quatro em quatro horas, graças a Deus a dor passou. Voltamos depois para Botucatu para eu passar com outros médicos, médicos que entendem de dores, e me deram mais remédios.


Começou a trabalhar em casa uma mulher que se chama Cleide, ela é legal, faz café, chá e coisas gostosas para mim, quando eu peço.  Eu dei para Cleide um filhote de hamster, ela gostou muito e disse que ia dar para sua filha cuidar. Dei outro filhote de hamster para a Rosana que trabalha com meu pai. Coloquei minha hamster de nome “Biriguete” para namorar o meu hamster “Fred” na mesma gaiola, para eles terem filhinhos. Meu tio Fábio fez um churrasco na casa dele para nós e, neste dia, ganhei um peixe grande, um pintado, de um amigo de meus pais que se chama Hércules.


Vitor com seus tios e com Gabriel ainda
 na barriga de sua tia Léia
Ganhei também algumas tilápias e traíras de um amigo nosso que tem um pesque-pague em Cerqueira César. A nova quimioterapia que estou fazendo é muito forte, faço quatro sessões por mês, o dia todo. Ela fez eu perder metade de meus cabelos e, os remédios que estou tomando, fez eu ficar um pouco gordo. Vem várias pessoas me visitar em casa. Tem muitas pessoas rezando por mim. A Cleide que trabalha em casa disse que arrumou um outro emprego e vai sair de casa, mas mamãe e papai já providenciaram outra mulher para trabalhar em nossa casa, no lugar dela.


Minha tia Léia ganhou bebê no Hospital de Avaré, ele se chama Gabriel, um novo priminho São Paulino, é mole!


Se você quiser ler o resto desta história, compre a folha seguinte. (ainda estou escrevendo).






Cerqueira César - SP, 03/05/2008.
Vitor Lovison do Amaral {12 anos}"


Depoimento de Viviani:

Vivian - irmã de Vitor e torcedora alviverde
"Vivian também é Palmeirense roxa e torce para valer quando o Palmeiras joga. Ela gosta de jogar futebol e ficou com o uniforme do Palmeiras que era do Vitor e com a chuteira também. Haja coração para nós pais.


O Vitor apelidou sua irmãzinha Vivian de “Viva” ainda quando eu estava grávida dela, pois como ele não sabia falar direito, ele a chamava de “Viva” e assim ficou. Há pouco tempo achei o significado do nome da Vivian que quer dizer viva, com vida.
Um dia a Vivian falou que queria que fosse com ela a doença, porque menina brinca mais de boneca, casinha, isto é, a brincadeira é mais parada do que as brincadeiras de menino, devido ao fato do Vitor estar sem andar e não poder jogar bola como tanto gostava.


O Vitor um dia disse que ainda bem que essa doença não foi com a Vivian, pois ela é muito fraquinha e não ia agüentar. Eu ouvia e pensava: Meu Deus que filhos maravilhosos o Sr. me deu.


Meu coração de mãe sangrava cada dia, a cada hora e a cada minuto. Mas eu estava de pé, cuidando dos meus filhos. Chorei muitas vezes debaixo do chuveiro quando o Vitor não estava em casa e, também na igreja. Quando foi diagnosticado que o tumor voltou, corri para uma rua perto de casa, no bairro onde moro e gritei, chorei e depois me refiz para prosseguir até o fim.


Jovina com Clara, irmã do Vitor
Vitor e seu amigo Mauricio
Eu não tinha empregada doméstica antes do Vitor adoecer, tinha somente uma diarista, a Jovina a qual estava conosco desde que me casei e tive o Vitor e depois a Vivian, Jovina trabalha também de diarista na casa de minha mãe (vó Maria) e por isso é como se fizesse parte de nossa família. Me lembro que quando estava grávida do Vitor, nós duas fomos limpar o Lions Clube local onde foi realizado o meu casamento. O Vitor, desde que nós nos mudamos para nossa casa própria, no mesmo bairro que a Jovina mora, se tornou amigo do filho dela, o Maurício, eles jogavam bola juntos no campinho perto de casa, jogavam vídeo-game e jogos no computador. Maurício vinha sempre visitar e fazer companhia ao Vitor na época que ele estava doente.


Infelizmente quando o tumor do Vitor voltou, em 03 de dezembro de 2007, numa 2ª feira o Vitor começou a perder os movimentos de suas pernas pela 2ª vez e, neste dia, a Jovina estava fazendo faxina em nossa casa e, presenciou tudo. Tivemos então que correr com ele para um lado e para o outro, fazendo novamente mais exames de ressonância magnética e, logo em seguida, ele começou quimioterapia venal. Foi nesta época que ele teve que usar fraldas e eu e o Carlos é que dávamos banho e trocávamos ele. Neste período também, por causa da quimioterapia, ele passava muito mal, enjoava muito e vomitava bastante. Vitor ficava vários dias sem comer. Ele chupava muitas laranjas trazidas pelo meu tio Atílio, pois era o que ele conseguia ingerir. Até o cheiro de minha comida, que ele tanto gostava, fazia ele enjoar. Eu mantinha sua caminha sempre limpinha e cheirosa, seu quarto sempre arrumadinho, como ele sempre gostou e fazia de tudo para ele com todo amor e carinho.


Eu e o Carlos quando trocávamos ele, fazíamos brincadeiras para distraí-lo e ele acabava rindo, se descontraindo. O cansaço e o estresse neste período começou a pesar. Era muito sofrimento para mim e para o Carlos ver nosso filho sofrendo. Precisávamos ser fortes e passar tranqüilidade para ele, por isso eu fazia de tudo para que tivéssemos a mesma rotina de sempre em nossa casa. Recebíamos muitas visitas, por conta disto, o Vitor resolveu imprimir um papel no seu computador, cobrando pedágio para quem viesse visitá-lo com os horários e valores e, colou na porta do seu quarto o papel. A Lúcia, minha prima, mas que todos a chamam de tia Lúcia, pagava o pedágio trazendo acerola para o Vitor, pois ele gostava muito de chupar esta fruta. 


Como a Jovina não podia trabalhar em casa mensalmente (foi com muita tristeza em meu coração que tive que dispensá-la), pois ela fazia faxina em outras casas também, minhas irmãs me aconselharam a arrumar alguém para trabalhar em casa todos os dias, para que naquele momento tão difícil que nós estávamos vivendo, eu não me preocupasse com o serviço da casa (lavar roupas, passar, limpar a casa e o quintal) pois assim eu poderia me dedicar totalmente ao Vitor e a Vivian também. E quando eu precisasse sair para fazer compras no supermercado, ir a padaria, levar e buscar a Vivian na escola, o Vitor não ficaria sozinho, porque o Carlos estava no serviço.


Vitor com tios Zezito e Luciana
Neste período teve pessoas boas que me auxiliaram, como a Cleide que veio trabalhar em casa no mês de fevereiro de 2008. Foi meu irmão Zezito e minhas irmãs Léia e Vânia que  pagavam ela para mim, mas quem cuidada do Vitor em tempo integral era somente eu e o Carlos. Foi bom ter alguém para me ajudar com os afazeres domésticos para que eu pudesse cuidar exclusivamente do Vitor.


Como o Carlos ia para o serviço, durante o dia eu trocava o Vitor e dava seus remédios. Me lembro que uma única vez a Cleide precisou me ajudar a trocar o Vitor e ele, então constrangido, fechou os olhos e  levou seu bracinhos na frente tampando seus olhos e ela, disse a ele com muito carinho, que ela também tinha filhos e era para ele vê-la como uma mãe ou até mesmo como uma avó. Nesta época o Vitor estava pesado e, às vezes, era difícil para mim trocá-lo sozinha, mas  nas outras vezes que se seguiram e o Carlos não estava em casa para me ajudar, eu sempre procurei não pedir mais ajuda para não ver meu filho envergonhado, pois ele já estava virando um homenzinho. Meu Deus! Quanto sofrimento para nós, mas principalmente para ele.


Ele gostava da minha comida e por isso raramente a Cleide cozinhava para nós, mas me lembro até hoje como era a sopa que ela nos fazia e nós tomávamos quando chegávamos cansados e tristes de Botucatu-SP.


A Vivian até hoje não esquece os bolinhos de arroz que ela fazia para nós. O Vitor adorava que ela fizesse café da tarde para ele, pois ela sempre levava o café para ele no seu quarto, onde ele ficava no seu computador ou no vídeo game. Alias foi a Cleide que ajudou o Vitor dar o nome a sua história, se me lembro ela sugeriu “guerreiro”.


Cleide é uma senhora boa e humilde, ela é budista e me ensinou a meditar. O Vitor ouvia eu meditando e começava a me imitar, tirando sarro dizendo: “ não miorengui quiosque” e dizia que era para dar fome nele.


Cleide e Vitor
Teve um dia que o Vitor pediu para a Cleide que fosse com ele caçar formigas e a Cleide topou. E o Vitor foi com sua cadeira de rodas motorizada, eles entraram num terreno perto de casa, onde tinha um cupinzeiro e, a Cleide com seu pé desmanchava o cupinzeiro e pegava as formigas para o Vitor que, colocava dentro de uma caixa. Eles voltaram para casa com muitas formigas. A Cleide não se esquece disso até hoje e, tenho certeza de que nunca esquecerá. 


Segue foto dele com a Cleide.


Obs:- Um dia quando ela presenciou o Vitor chegando mal de Botucatu-SP, ela foi para o nosso quintal chorar e eu tive que pedir para que ela não chorasse pois o Vitor poderia ouvir. Ela não queria ver o Vitor sofrendo e pediu para sair de nossa casa, pois ela perdeu sua mãe com câncer também, quando ainda era pequena. Com a saída dela veio a Patrícia que divertia muito o Vitor e a gente com seu jeito simples, alegre e despojado de ser.


Vitor um dia me pediu para que levasse a Patrícia para conhecer o shopping e o cinema de Bauru-SP e, quando fomos fazer mais uma ressonância nele na CDI de Bauru-SP, levemos Patrícia junto. Vitor também quis levá-la para conhecer a UNESP de Botucatu-SP, o Mac. Donald’s e o Supermercado Pão de Açúcar, onde ele mostrou a ela os peixes congelados que vendiam lá, ela ficou encantada. No Mac. Donald’s o Vitor falou para ela escolher o lanche que quisesse que a gente ia pagar. Ele era muito gentil com ela e nasceu uma bela amizade entre eles e nós também.


Patrícia, Vitor e sua irmã Vivian
Patrícia tem um jeito divertido de falar, me lembro da expressão usada por ela para se referir a sua casa, ela dizia: “meu barraco” e o Vitor a imitava; dois dias antes dele partir, ele me disse que iria construir no futuro um barraco para ele perto de nossa casa. Patrícia nos fez rir muito num dos momentos mais tristes de nossas vidas e da vida do Vitor, pelas palavras engraçadas que ela dizia e pelas coisas divertidas que ela nos contava. Deus põe as pessoas certas nos momentos certos. Depois que o Vitor partiu, Ela neste período fazia companhia para mim que procurava me restabelecer pela perda do Vitor, ela ficou com a gente até janeiro de 2009. Após sua saída, voltei a ter somente diarista.  


Segue foto dele com a Patrícia.


Na época da doença do Vitor, eu mandei fazer vários cartãozinho com fotos dele, com seu nome completo e com os seguintes disseres: “Orem pela cura de nosso filho Vitor Lovison do Amaral de 12 anos – Pais Amaral, Viviani e sua irmã Vivian” e distribuía em todos os lugares que eu ia. Perdi a conta de quanto cartãozinho como este foi feito. 


Continuo outro dia.


Viviani."     

Meus amigos, se quiserem, podem enviar um e-mail pessoal aos pais do Vitor, Viviani e Carlos, pois eles ficarăo muito felizes.

carlosalbertodoamaral@hotmail.com
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Gostaria de dedicar este dia de Finados para as seguintes pessoas:

- Olinda de Paula Reis (avó paterna que já me enviou uma psicografia)
- Manuel Sebastião (avô materno)
- Ilce Domingues (Tia querida)
- Lucas de Oliveira Cunha (Ex-vizinho que morreu de acidente na rodovia que liga Uberaba-Uberlândia)
- Vô Zé (Avô materno de minha esposa que nem conheci)
- Vitor Lovison do Amaral (nosso guerreiro, que mesmo em outro plano espiritual, tem me ensinado muita coisa)
- Tatiana Madjarof (Uma garota especial que tem ajudado muitas pessoas a enviarem cartinhas de outros planos para seus familiares através do médium Celso em Uberaba)

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